Cercada por todos os lados pela temida escuridão, a garota tenta resistir. Busca forças na luz que existe dentro dela, mas sente que a qualquer momento pode sucumbir e deixar a escuridão entrar. A garota tem fantasmas eternos em suas memórias que se recusam a abandoná-la. Por mais que corra, a garota não consegue fugir dos seus medos e da sua insegurança. Quando encontra uma fonte de luz, esta parece ser insuficiente para afugentar seus fantasmas. A garota vive em um misto de tristeza e felicidade. Ela tem uma vida que seria considerada maravilhosa pela maioria das pessoas, mas isso não parece ser o suficiente. A garota não tem um vazio dentro de si, tem uma parte ocupada pela tristeza e por mais que se esforce, não consegue mudar isso. A garota sente tudo isso, mas ao ser questionada sobre como está se sentindo, sua resposta é sempre a mesma: -Estou ótima, e você?
Com o tempo, a garota aprendeu a construir uma muralha de falsa felicidade. Quando ela está mal, sabe fingir que está bem e o faz com maestria. Engana a grande maioria das pessoas com sua máscara sorridente e não gosta quando alguém consegue enxergar além dela. A nossa querida garotinha não gosta de expor suas fraquezas, suporta tudo sozinha e silenciosamente, e isso acaba fazendo-a forte, por mais paradoxal que isso possa parecer.
Os dias vão passando e a menina vai, aos poucos, amadurecendo. Mas uma coisa nunca muda: ao ser questionada sobre como está se sentindo, sua resposta é sempre a mesma: -Estou ótima, e você?
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